domingo, 29 de abril de 2012

Confissões de Daniele - Sexo. Desinteresse.

Nada de causos e aventuras. Mas algo que vem me intrigando a algum tempo. Sexo. Ou melhor, a falta de interesse em. E porque isso é visto como um problema para a maioria das pessoas. Parece que tudo gira ao redor disso, que tudo de uma certa forma, direta ou indiretamente está ligado ao sexo. E se vc vai na contramão, só pode estar com algum problema. É até "compreensível" num país como o nosso, onde a sexualidade é exposta, discutida a todo momento. Falamos muito sobre.

Bom, o tema surgiu ao expor que estou na minha melhor fase de "assexualismo". E logo veio os comentários: "Sai dessa vida!", "Tudo isso é por causa de fulano?", "Sintomas das crises depressivas...", "Você não tá bem", "Medo" e blá, blá, blá. Não! Só não estou com vontade, não sinto interesse no momento. Obrigada. E não, não estou mal com isso e nem subindo pelas paredes.

Por que as pessoas tem dificuldade em aceitar o que é diferente? Se eu já recebi um monte de "encheção de saco", por estar numa fase de desinteresse, baixa libido, fico imaginando as pessoas que são de fato assexuadas. O preconceito que devem enfrentar ao se assumir... Porque é inimaginável para algumas pessoas a vida sem sexo. "Nossa coitado, como ele vive sem..." Eu mesma já pensei isso muitas vezes. Até me deparar com meu desinteresse. E perceber que sexo não é essencial para muitas pessoas.

Ai vc deve estar se perguntando, "Coitadinha, só pode estar levantando essa bandeira porque foi morar na pqp, sem opção, não encontrou nada de interessante." Também não. Quando a gente quer consegue, não é algo difícil. Na pior das hipóteses pagamos ou damos um jeito de suprir a falta rs.  E essa é a diferença dessa minha fase sem sexo para as outras. Antes subia pelas paredes nos longos períodos sem. Dessa vez não. Não sinto falta, não tento suprir, não tenho interesse. Não sei se é uma fase ou a descoberta de uma nova orientação sexual, isso com o tempo eu descubro...

Enfim, creio que devemos respeitar as escolhas de cada um. Mesmo que pareça algo absurdo, respeite. O que pode ser essencial pra vc, pode não ter a menor importância para os outros.



Aventuras pombísticas - Mexicana : a festa fake

Mais um da série "As aventuras pombísticas de uma forever alone". Animadíssima para não ficar em casa sábado a noite, descolei uma festa Mexicana. Baladinha perto de casa, possibilidade de entrar free, cia, tequila free, tudo perfeito para o sabadão. É na teoria... fui parar na festa mexicana mais fake da história.

Primeiro um frio infernal e aquela velha tática de não abrir a balada para formar fila e causar a impressão, "Oh como a balada tá bombando!" Depois a super balada. O lugar era bacana, bem apresentável. Eis que começa a playlist da academia, meus instrutores poderiam virar dj, ia ser sucesso. Mas o pior estava por vir... Algumas doses de vodka, outras de ice, eu dando o melhor de mim... um reggaton pra animar eis que o dj lança um Mr Catra. Porra é pra acabar!

Ai comecei a perceber que balada mais fake, festa Mexicana regada a funk... meu cool. Não que eu esperasse que ia tocar músicas típicas, embora tenha rolado uma banda "a la México" por 5 minutos, mas não precisava apelar. E os "bons drink" mexicanos? A tequila free? Fake...  E minha animação ainda mais fake indo pro saco...

Percebi como estou "velha". Já não tenho mais saco pra curtir algo que não gosto, ficar em algum lugar só pela animação, pela "vibe". E que nem o álcool me salva mais. Comecei a olhar pros lados, a maioria das pessoas tinham no máximo uns 20... E eu quase uma balzaquiana perdida. Até ouvir um: "Professora, o que a senhora está fazendo aqui?!". Realmente nem eu sabia. Me senti em uma das cenas do filme Divã, quando a Lilia Cabral vai as baladas.

Sai de fininho e deixei minha animação e balada fakes para trás...

sábado, 28 de abril de 2012

Causos - O tarado do jardim

Mais um post da série causos amorosos, bora aproveitar a "inspiração" ou preguiça de limpar a casa mesmo rs. No meio da história de Zé Grude aconteceram outros causos amorosos paralelos. Não ainda não vou contar o causo que mexeu comigo e bla bla bla. Esse eu tenho que pensar muito bem na forma como irei contar.  O que tem pra hoje é a história do tarado do jardim mesmo.

Sempre tive um gosto meio peculiar. Um homem meio rude, selvagem, sempre mexeu com a imaginação desse ser que vos fala. Ao mesmo tempo que os caras magrelos também, mas isso é pra depois. Bom, no "reino" em que eu morava há muito tempo, tinha um cabeludo que eu achava lindo. Hoje eu olho e penso, "Como eu achava isso bonito...". Mas gosto é gosto, quem nunca deu uma dessas. Na verdade não era nem tanto a beleza, mas o ar selvagem, a la homem das cavernas que mexia comigo. Mas acho que eu também despertava algo no rapaz.

Em frente a minha antiga morada tinha um jardim, que as vezes se tornava um matagal mesmo, mas isso não vem ao caso. Sei lá porque, um belo dia encanei que estava enorme de gorda, era tão magra e não sabia... e resolvi iniciar mais um belo regime. Como não tinha nada saudável em casa fui bem cedo as compras, quer dizer, tentar fazer compras. Ao atravessar o jardim para sair a rua eis que encontro o tal cabeludo com uma toalha na mão correndo pelo jardim. Caí na risada, aliás o que leva uma pessoa, lá pelas 7 da matina correr por um jardim com uma toalha. Ele se aproximou com uma desculpa qualquer e me abraçou fortemente. Não me deixava soltar, na verdade eu não queria ser solta, me enchia com uns elogios besta, que me derreteram na época. Só sei que adeus compras, adeus regime e mais um causo. Fiquei horas naquele jardim...

Depois desse nossos encontros eram assim, inusitados. Eu sempre era pega nos corredores, jardins, ruas... Tinha a leve impressão que a pessoa já me observava a algum tempo e sabia da minha rotina. Sempre a mesma abordagem, me abraçava forte e eu me fazia de vítima. Até que um belo dia, eu descubro que o tal moço tinha namorada e aí começa meu serviço de terapia de casais. Melhorei muitos relacionamentos sem saber. De repente porque nunca quis nada com nada sempre atraí tranqueira.

Bom eu soube, mas fiquei na minha e fiquei esperando quando ele iria contar. E o pior, muitas vezes a namorada vinha conversar comigo, até comentava dele e eu lá com a maior cara de pau do mundo... E os encontros surpresas continuavam... até que ele, enfim, me contou a verdade. Veio dizendo que estava numa fase nebulosa com a namorada e blá blá... Ai pensei, hora de cair fora.... Disse a ele para resolver tal situação nebulosa primeiro e depois a gente conversava.

Ok os encontros terminaram, mas as surpresas não. A namorada dele estava precisando de um lugar pra ficar e advinha a casa de quem ele indicou? Sim queridos leitores, a minha. Estava a noite em casa juntamente com as meninas que dividiam a casa comigo. De repente batidas na porta. Alguém atende, escuto alguns risos e me chamam, falaram que a visita era pra mim. Quando vou atender vejo a menina. Penso fudeu... ela veio tirar satisfação comigo. Mas não, ela disse que precisava de um lugar pra ficar e que o namorado havia indicado a minha casa. Ela até poderia ficar em casa, mas jamais! Como eu que eu ia conseguir morar com a menina, todos em casa sabiam que eu era a outra... E quando ele fosse visitá-la? Na verdade saquei a jogada de mestre, tendo as duas na mesma casa, sabendo o horário de cada uma ficava mais fácil ver as duas sem correr risco... Cafa da pior espécie... Tudo isso se passou em poucos segundos em minha mente  e expliquei que ela não tinha como ela ficar em casa. Claro que não expus os reais motivos. Enquanto isso as meninas de casa me olhavam prontas para soltar gargalhadas. Dito e feito, foi eu fechar a porta e caímos aos risos.

A menina deve ter achado algum lugar pra ficar, o namoro deles deve ter melhorado. Embora algumas vezes ele tenha tentando algumas aproximações, bem mais sutis, mas gata escaldada sabe como é. Não tinha porque insistir nessa roubada, muitas outras estavam a minha espera.


Causos - Zé Grude

Agora que as crises existenciais deram um tempo bora retomar os causos. Aliás essa sempre foi ou deveria ser a principal fonte desse blog. Há muitos anos já tive uma vida "amorosa" muito movimentada e cheia de roubadas, as quais já foram motivos de muitas risadas e minhas amigas Michelle e Ana me incentivaram a escrever esse blog. Tudo bem que quando escrevo perde um pouco a veia cômica, mas bora contar mais um causo...

Morava em uma casa em que o lema era festa. Foi palco de muitas festas das mais badaladas as mais miadas. Nos divertíamos muito. Numa dessas festas mais animadas conheci Zé Grude. Um mocinho bem apanhado, meio bobo, parecia inofensivo. Festa vem, festa vai, álcool vem, álcool vai... De repente estou me atracando com o mocinho atrás de uma cortina que havia na cozinha. Até hoje não sei quem teve essa brilhante ideia. Achávamos que era o lugar mais discreto da casa. Em pouco tempo viramos a atração da festa, todos queriam saber de quem era os corpos que se mexiam tanto atrás da cortina. Até que alguém puxou a cortina... A puxamos novamente e fingíamos que nada estava acontecendo. Até que voltamos a festa. Uma hora a festa acaba, as pessoas vão indo embora, vc está cansada, olha pros lados e o menino ainda está lá. Começa a jogar indiretas e nada... Ai que começaram os problemas, percebi que o mocinho inofensivo era um grude... mas beijava muito bem então deixei ele lá num cantinho e fui dormir.

Sei lá porque passei meu número de celular a ele... efeitos do álcool... tormentos... mensagens... ligações... Até que a gente se vence pelo cansaço e fica com a pessoa novamente. Um mocinho tão apanhado com beijos calientes por que não? O problema que ele grudava de uma tal forma, era sufocante. Geralmente nos víamos em minha casa. Passava madrugada, amanhecia e o menino lá. Isso porque eu o expulsava, xingava, fazia barraco... Ficava com outras pessoas na frente dele, tipo nós não temos um relacionamento entendeu? Não precisa me ligar inúmeras vezes por dia, fazer plantão na porta de casa etc... e mesmo se tivesse pelo amor. Parecia que o mundo ia acabar que tínhamos que aproveitar até a última gota...

Bom, mas de nada adiantava toda a minha grosseria... ele sempre ficava até o amanhecer e sempre  voltava para nos vermos e eu sempre cedia aos beijos... Era um ciclo... Até que um dia de fato me cansei do grude e conversamos, sem gritos, sem grosseria. Ele compreendeu e nunca mais voltou, tão simples. Ai eu comecei a sentir falta de ser cortejada, de ter sempre alguém me ligando, correndo atrás de mim... vai entender e achei que estava apaixonada pelo mocinho. Não contente me declaro a ele, via e-mail, sim uo, mas sempre fui muito tímida. Mas agora quem não queria mais nada era ele. Depois disso nunca mais nos falamos e toda vez que nos encontrávamos era uma situação constrangedora. Tentamos até conversar algumas vezes, mas soava estranho... Até que desistimos, éramos estranhos um ao outro...

 Minha paixonite por ele passou rápido, pois numa destas de ficar com outras pessoas na frente dele, conheci alguém que de fato mexeu comigo... ele começou a namorar pouco tempo depois. Enfim, cada um seguiu seu caminho...

terça-feira, 24 de abril de 2012

Confissões de Daniele - Desapegar é preciso

Agora que estou mais lúcida consigo analisar melhor a situação em que me encontrava e creio que a culpa de tudo isso não é culpa da Solidão, sim reatamos rsrsr. Eu não estava infeliz porque eu estava sozinha, mas de uma outra coisa, o Apego. De todos os meus relacionamentos o mais forte e prejudicial é o Apego, e somente agora me dei conta disso. Estou muito apegada a vida, a realidade que tinha antes de me mudar e essa é a raiz dos problemas.

Vamos fazer um pequeno flash-back. De 2004 a 2011, morava em Campinas-SP. Fui pra lá pra estudar. Nessa cidade me descobri como gente, conheci pessoas fantásticas e pessoas terríveis também, tive muitos altos e baixos, enfim foi um período de experiências intensas. E sempre soube que o dia que eu saísse de lá,ia ser bem complicado...Estava muito apegada a cidade, a Barão na verdade rs e as pessoas que conheci por lá. Muitos dos meus amigos, os das antigas, já tinham estourado essa bolha e eu ainda continuava por lá, renovando meu ciclo de amizade. Mas chegou a hora de eu estourar a bolha. E eis que vir parar em Ponta Porã, uma cidade de fronteira aberta com o Paraguay (Pedro Juan Caballero) no sul do MS. Vim para trabalhar, adquirir experiência e quem sabe um pé de meia rs

E desde que me mudei pra Ponta não tinha passado tanto tempo na cidade. Me mudei em novembro e em dezembro voltei pra casa (recesso de fim de ano). Voltei em Janeiro, curso de verão, atolada de coisa pra fazer e voltei pra casa em Fevereiro, carnaval. Depois voltei em Março, e lá sabe quando volto para casa. E ai meus problemas começaram. Aquela saudade, aquela vontade de ir embora... tudo culpa do Apego.

A realidade que deixei ao estourar a bolha, não me pertence mais. As pessoas, os eventos, a vida social, os amores, enfim tudo que deixei por lá, não me pertence mais. E é isso que preciso entender. Acabou. E pensando bem, a possibilidade de voltar é quase nula. Dificilmente voltarei a morar em Campinas. É preciso desapegar dessa realidade que não é mais minha. E encarar a real, a vida em Ponta.

Não que eu tenha me conformado e queira ficar aqui o resto da vida. Isso está bem longe dos planos. Mas que vou ficar um tempo por aqui é fato, e preciso conviver bem com isso. Desde que me mudei nunca me permite conhecer a cidade e a as pessoas daqui de fato. Sempre criei uma barreira, de que tudo aqui é ruim. E não é isso. É apenas uma realidade diferente, a qual me pertence e eu tenho que enfrentar.

Não é que eu tenha deixado de amar as coisas que deixei na outra cidade. Não confunda desapego com desamor. Ainda continuarei sentindo saudades de tudo que vivi por lá, de tudo que conheci, principalmente de todos, tá quase todos, que conheci por lá. Mas não dá pra viver agarrada aquela realidade. Não me pertence mais. A guardarei com muito carinho e sempre que possível matarei minhas saudades.

Apego nossa relação acabou. Desapegar é preciso, mais que preciso é extremamente necessário.

Confissões de Daniele - Desbravando a fronteira

Para sair do climão bad o que fazer? Ouvir os conselhos da mamãe e se atirar nos sites de relacionamentos? É agora minha mãe é especialista no assunto, precisando de uma consultoria entre em contato rs. Achei melhor não, sempre achei uo esses sites, embora já conheci um ex affair, meu ex Adorável Canalha em um bate papo de tv por internet. Mas por enquanto prefiro não utilizar.

Segunda opção, ouvir os conselhos das demais pessoas e sair de casa. Yes! A aventura não foi tão forever alone, precisei da ajuda de uns amigos da universidade, senão passaria mais um sabadão jogada as traças. Bom, fomos desbravar o Paraguai e paramos num pub. Foi ótimo! Boa música sempre faz bem a alma... Me lembrou muito o bar do zé para os Baroenses de plantão. Primeiro lugar que sai aqui e me senti a vontade. E isso já foi o suficiente para eu despertar pra mim e ver o quanto eu estava consumida, esgotada...

Na verdade esse despertar começou ao me arrumar pra sair. Percebi que estava na minha melhor fase urso da Coca-Cola. Enorme de gorda ( projeto verão 2013 provavelmente vai ser 2015 rs), branca, na verdade mais pra cinza, minha pele nunca mais tinha visto um hidratante e peluda. Fora minha cabeça que estava um emaranhado de nós... E minha casa, um pequeno caos!

Domingão serviu para dar um jeito nisso ai, a casa ficou a desejar porque preciso de um pouco de caos para sobreviver rs. Voltei a me cuidar e to animada para dar uma repaginada, mudanças estão por vir em tudo. A animação continuo e a noite fui no pagodão rs. O que só serviu para inflar meu ego de dançarina, descobri que dependendo do ambiente danço demás rs. Mas a música tava péssima, o pessoal então... tive que escapar pois percebi a aproximação de tranqueiras e a temporada curva de rio 2012 ainda não começou.

sábado, 21 de abril de 2012

Confissões de Daniele - O romance com a solidão

Nunca gostei de gente. Ok nunca é exagero. Porém, sempre tive dificuldades para me relacionar com outras pessoas. Desde muito pequena sempre fui muito introspectiva. Mas já gostei de gente. Aliás quem nunca teve sua fase "Sandy". A minha foi durante a infância e na adolescência, principalmente na infância. Sim, este é mais um caso da série "A infância explica". Eu gostava das pessoas e agia com elas sempre da melhor forma possível, sempre muito prestativa, sem nenhum interesse. Sabe aquela pessoa boazinha, um exemplo, sempre ali pra te ajudar e sem nem precisar pedir. Sim, essa era eu. Somente minha avó e meu irmão tinham se deparado com alguns traços de maldade... Mas como o mundo não é nenhum mar de rosas sempre tem aquela pessoa que te desperta pra vida. No meu caso foi uma coleguinha de escola, a qual não me recordo o nome. Porém, me recordo muito bem de suas palavras, como ela se referia a mim como idiota, devido ao meu lado bondoso. A partir daí comecei a olhar as pessoas de uma forma diferente... a partir daí comecei a odiar gente. Claro que não foi uma mudança radical, de uma hora pra outra, mas foi aí que ela se iniciou.

E com isso se iniciou o meu discurso de autossuficiência. Para que ter pessoas por perto, para que me relacionar com elas posso ser muito bem feliz sozinha. Até então, foi sempre muito fácil manter esse discurso  e defendê-lo com unhas e dentes. Fácil quando vc tem sua família, amigos, enfim, as pessoas que lhe são caras por perto. O problema foi quando eu realmente me dei de cara com a solidão. Quando me vi perdida no interior do país, numa cidade em que eu me sinto totalmente deslocada e a única coisa que me mantém viva é o meu trabalho. Nada de família, nada de amigos, só posso contar comigo mesma. Foi assim que a solidão que tanto evoquei apareceu, de repente e intensa.

A princípio não fui lá muito com a sua cara, mas como ela insistia em ficar dei espaço a ela. Ficamos amigas até que ela virou minha cia, minha única cia. E eu me vi a cada dia mais introspectiva e voltada pra mim mesma. Por alguns momentos realmente me tornei autossuficiente, apenas eu me bastava. Não tinha porque me relacionar com outras pessoas, perdi totalmente o interesse em conhecer pessoas, conversar e sim até nas cositas más. Como toda relação o começo foi ótimo. No entanto, veio o tempo e os conflitos foram surgindo. A solidão é ótima para lhe mostrar quem de fato vc é. E foi quando ela começou a  me desmascarar,a me mostrar a minha essência, que nossa relação azedou. Meu lado frágil, doce que sempre tentei esconder, porque nunca me agradou veio a tona. Construi uma personalidade forte, rude, grossa, áspera e fragilidade e doçura não tem lá muito haver com isso. Porém sempre soube que sou muito frágil... e a solidão insistia e ainda insiste em me mostrar isso... e mais, que eu não sei viver totalmente sozinha... que sou fraca e preciso de pessoas (claro aquelas por que tenho apreço) por perto. Ai começaram minhas paqueras com o surto e a depressão.

Não quero me entregar a eles pois sei que não é uma relação muito sadia. Estou tentando não cair em tentação... e manter uns fletes de leve com a solidão. Gosto muito dela, mas sua presença constante me suga muito, me tira o tesão das coisas. Espero que eu consiga... Relatarei aqui minhas experiências.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

As aventuras pombísticas de uma forever alone

Olá, querida válvula de escape e possíveis leitores. Em meio ao meu trancafiamento, a perda de mim mesma e a busca vão pela minha alma e essência (nossa que poético rs), estou lançando um novo projeto, "As aventuras pombísticas de uma forever alone". Aproveitando o fato de que a solidão foi se aproximando, se tornando uma cia e agora a minha única cia, resolvi sair de cena e observar esse mundinho caótico. Observar como as pessoas estão a cada dia só preocupadas com si mesmas, se expondo de forma desnecessária (até mesmo essa que vós fala...), "amando" o próximo somente nos bons momentos, muito fácil gostar de alguém quando ele está bem, te fazendo rir, aliás quem quer um depressivo, um chato a tiracolo..., perdendo sua originalidade, vivendo na superficialidade, se trancafiando em bolhas... E para me observar e me conhecer melhor...
E relatar essas observações e experiências nesse espaço que me serve como vávula de escape e terapia. Seguindo os conselhos de uma pessoa muito querida, Aldinha, acho que ela nem se lembra, mas quando nos conhecemos ela disse, não me recordo o porque e nem o contexto, que escrever me faria muito bem e de fato faz.
E também pretendo retomar os causos, o motivo de criar esse blog. É que seguindo a ordem cronológica chega o momento de contar uma história que mexeu muito comigo, há pouco tempo mexia... Então é necessário muita cautela...
Espero ter foco em todas as áreas da minha vida, me reorganizar, obter bons relatos, observações e voltar alimentar esse blog e a minha vida.
Um novo recomeço!
E para brindar esse novo recomeço, uma música da qual sempre me lembro em meus ciclos de bipolaridade: